sexta-feira, 30 de março de 2012

As quatro velas



Quatro velas estavam queimando calmamente. O ambiente estava tão silencioso que se podia ouvir o diálogo que tratavam.

A primeira disse: 

– Eu sou a Paz! Apesar de minha luz, as pessoas não conseguem manter-me, acho que vou apagar. 

E diminuindo devagarzinho, apagou totalmente.

A segunda disse: 

– Eu me chamo ! Infelizmente sou muito supérflua. As pessoas não querem saber de Deus. Não faz sentido continuar queimando. 

Ao terminar sua fala, um vento bateu levemente sobre ela, e esta se apagou.

Baixinho e triste a terceira vela se manifestou: 

– Eu sou o Amor! Não tenho mais forças para queimar. As pessoas me deixam de lado, só conseguem se enxergar, esquecem-se até daqueles à sua volta que os amam.

E sem esperar, apagou-se. 

De repente... entrou uma criança e viu as três velas apagadas: 

– Que é isto? Vocês deviam ficar acesas e queimar até o fim.

Dizendo isso, começou a chorar. 

Então, a quarta vela falou: 

– Não tenha medo, criança. Enquanto eu queimar podemos acender as outras velas. Eu sou a Esperança!

A criança, com os olhos brilhantes, pegou a vela que restava e acendeu todas as outras.

Que a vela da esperança nunca se apague dentro de nós!

terça-feira, 27 de março de 2012

O grão de trigo precisa morrer para poder nascer...



Evangelho - Jo 12,20-33

Naquele tempo:
20Havia alguns gregos
entre os que tinham subido a Jerusalém,
para adorar durante a festa.
21Aproximaram-se de Filipe,
que era de Betsaida da Galiléia, e disseram:
'Senhor, gostaríamos de ver Jesus.'
22Filipe combinou com André,
e os dois foram falar com Jesus.
23Jesus respondeu-lhes:
'Chegou a hora
em que o Filho do Homem vai ser glorificado.
24Em verdade, em verdade vos digo:
Se o grão de trigo que cai na terra não morre,
ele continua só um grão de trigo;
mas se morre, então produz muito fruto.

25Quem se apega à sua vida, perde-a;
mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo
conservá-la-á para a vida eterna.
26Se alguém me quer servir, siga-me,
e onde eu estou estará também o meu servo.
Se alguém me serve, meu Pai o honrará.
27Agora sinto-me angustiado. E que direi?
`Pai, livra-me desta hora!'?
Mas foi precisamente para esta hora que eu vim.
28Pai, glorifica o teu nome!'
Então, veio uma voz do céu:
'Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!'
29A multidão que lá estava e ouviu,
dizia que tinha sido um trovão.
Outros afirmavam:
'Foi um anjo que falou com ele.'
30Jesus respondeu e disse:
'Esta voz que ouvistes não foi por causa de mim,
mas por causa de vós.
É agora o julgamento deste mundo.
Agora o chefe deste mundo vai ser expulso,
32e eu, quando for elevado da terra,
atrairei todos a mim.'
33Jesus falava assim
para indicar de que morte iria morrer.

REFLEXÃO DO PROF. JOÃO LUIZ
Vivemos num mundo onde uma das grandes tentações é a vaidade. E quando a pessoa tem dinheiro e ou poder, essa tentação é quase irresistível...
Fogueiras de vaidade queimam em ambientes de trabalho, dentro da Igreja, e até mesmo na convivência familiar...
Esse é um problema humano tão sério, que está contemplado entre as tentações de Jesus no deserto (a tentação do ter recursos materiais, a tentação do poder sobre todos os reinos deste mundo); conforme esse texto em Mateus, a tentação central é justamente a da vaidade: “Então o diabo o levou à Cidade Santa e o colocou sobre o cimo do Templo e disse-lhe: ‘Se és Filho de Deus, atira-te para baixo, porque está escrito: Ele dará a ordem a seus anjos a teu respeito, e eles te tomarão pelas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’.” (Mt 4,5).
Não é à toa que esse cenário da tentação da vaidade seja justamente Jerusalém.
No Evangelho deste domingo, Jesus está em Jerusalém, o lugar onde ardem fogueiras de vaidade. Ali alguns judeus gregos querem vê-lo, numa alusão de que a sua fama já alcançara o espaço além das fronteiras.
Ao saber disso, Jesus como que medita em voz alta: Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado.
E, para expressar que tipo de glória (uma das mães da vaidade) o espera em Jerusalém, reporta-se à metáfora do grão de trigo, que é pertinente não só para o desfecho da missão que Jesus abraçou, mas para todos nós, em nossas fragilidades pessoais, que vivemos tentados pela vaidade.
Se o grão de trigo que cai na terra não morre,
ele continua só um grão de trigo;
mas se morre, então produz muito fruto.
Na literatura sapiencial da Bíblia, o livro do Eclesiastes é um dos textos mais críticos com relação a essa vaidade humana. Não é à toa que começa e termina com a mesma frase: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade...” (1,2). O livro aponta ao ser humano sua miséria e grandeza, mostrando-lhe que este mundo é digno dele. Procura levar o leitor a seguir uma religião desinteressada, uma oração que seja adoração provinda da consciência (fruto da vivência) de que a criatura necessita constantemente colocar-se diante da face do mistério de Deus para perceber a sua fragilidade e o seu real tamanho (cf. Sl 39).
Se o grão de trigo que cai na terra não morre,
ele continua só um grão de trigo;
mas se morre, então produz muito fruto.
No evangelho deste domingo, Jesus não se ilude com a aclamação das pessoas. Não se envaidece de ser conhecido e procurado por muitos.
Quem quiser segui-lo é bem-vindo. Mas saiba que tem de ir até o fim, até às últimas conseqüências da missão (com todos os riscos que daí advêm, inclusive o da própria morte). Essa Missão é perigosa porque mexe com os interesses e o orgulho dos que dão sustentabilidade aos Impérios deste mundo. A Missão de instaurar uma nova sociedade, Reino de Deus, cujo fundamento é o amor serviço, produzindo muitos frutos em prol dos do bem comum, é desestruturaste, ou seja, quebra as estruturas de dominação vigentes; é também subversivo porque subverte a ordem estabelecida, cujo alicerce está no TER e no PODER.  
O grão que morre para dar lugar à plante e ao fruto, pode ser interpretado como mudança de mentalidade, rompimento com a ideologia dominante, verdadeira conversão para assumir os critérios do Reino de Deus, cuja lógica não gera orgulho pessoal (estéril e daninho para a sociedade), mas o dom de si mesmo, como o intuito tão somente de produzir ações (frutos) em prol do bem comum.

Busca


Um homem sussurrou:- Deus, fale comigo.

E um rouxinol começou a cantar.

Mas o homem não ouviu.
Então o homem repetiu:

-- Deus, fale comigo!

E um trovão ecoou nos céus.

Mas o homem foi incapaz de ouvir...

O Homem olhou em volta e disse:

- Deus, deixe-me vê-lo.

E uma estrela brilhou no céu.

Mas homem não a notou.

O homem começou a gritar:

- Deus, mostre-me um milagre

E uma criança nasceu

Mas o homem não sentiu o pulsar da vida...

Então o homem começou a chorar e a se desesperar:

- Deus, toque-me e deixe-me sentir que você está aqui.

E uma borboleta pousou suavemente e em seu ombro.

O homem espantou a borboleta com a mão e, desiludido,

continuou o seu caminho...

...Será que nós estamos preparados para perceber que

nem sempre o caminho que esperamos encontrar é o que

buscamos?

Será que não conseguimos vislumbrar outros caminhos que

se nos apresentam no nosso caminhar pela vida,

endurecidos na desilusão de nossas expectativas?

Será que não conseguimos perceber que a felicidade está

presente em caminhos diversos, e quanto a vida é rica de

oportunidades e que Deus está presente em cada partícula

do Universo.

E mesmo assim ficamos cegos à sua presença porque sua

manifestação não é como a esperávamos?

Pensem nisso, amigos. E vamos em busca da felicidade,

que se encontra, quem sabe, onde menos a esperamos:

DENTRO DE NÓS MESMOS...

PERMITA QUE DEUS FAÇA MORADA
EM SEU CORAÇÃO E EM SUA VIDA !
ELE TE AMA......


Acompanhe pela Rádio Olinda AM o programa Formação Cristã, de segunda a sexta, das 18h às 19h. Ou pela internet, clicando no link ao lado.

domingo, 25 de março de 2012

Os papas

A igreja católica tem em seu papa o poder maior dentre toda a sua dinastia. De fato ele possui autoridade máxima para mudar diversas práticas e ainda conversar ou reverter alguma tradição, mesmo se essa não condisser muito com os tempos contemporâneos.  Desde o início do cristianismo já houveram 263 papas, sendo Bento XVI o último e atual papa. A igreja católica considera São Pedro, um dos 12 discípulos de Cristo, como o primeiro papa do catolicismo, mesmo que este não tenha pregado a palavra de Deus em nome da Igreja Católica. Sabe-se que São Pedro foi o papa que mais tempo fez uso de seu poder, aproximadamente 37 anos. De fato não há uma lista oficial que contenham o nome de todos os papas, contudo as listas documentadas pelo vaticano são consideradas as mais completas entre todas.
(clique no texto em destaque e veja a lista de todos os papas, de São Pedro até Bento XVI)

Como ser Catequista de Iniciação Cristã?



O que é iniciação cristã?
Antes de tudo, iniciação cristã é colocar a pessoa em contato com Jesus (DA nº 288). É um experiência de encontro vivo e persuasivo que venha tocar, impactar, atrair a pessoa a Jesus Cristo como centro de sua vida. Trata-se pois de uma experiência, um encontro, um acontecimento impactante e transformante.
Com este encontro e experiência inicia-se o seguimento de Jesus por parte da pessoa humana. Normalmente a iniciação cristã prepara a pessoa para receber os sacramentos da iniciação: batismo, crisma, eucaristia. Para os que já foram batizados, mas não evangelizados a iniciação quer ajudá-los a viver com consciência, maturidade e compromisso a vida cristã. Portanto, a iniciação é um processo educativo com etapas bem delineadas, a saber: Encontro com Jesus, conversão, discipulado, inserção comunitária, celebração da fé e missão.
O catequista deve ser pessoa convertidaevangelizada,entusiasmada. Pessoa de oração diária, que fez a experiência do amor de Deus e dá catequese como um ato de amor. O catequista reflete em seu rosto a alegria, o entusiasmo, o encantamento por Jesus Cristo, seu reino e sua Igreja. Transmite uma experiência de vida, não uma teoria, nem uma doutrina racional e vazia.
O Catequista deve dar catequese com alegria. Os catequizandos são tocados pela alegria do catequista. Esta alegria toca, convence, inflama, atrai as pessoas ao seguimento de Jesus. Quanto mais alegria, tanto mais a catequese será agradável e convincente. A alegria é sinal da fé, manifesta a experiência feita do amor de Deus e o desejo de comunicá-la. O bom catequista tem fé, competência e metodologia, mas transmite tudo isso através da alegria.
O catequista que tem Iniciação Cristã fez a experiência do amor de Deus e quer mostrar, ensinar, divulgar a experiência do amor de Deus. Este amor vivido desperta o coração dos ouvintes. Quanto mais o catequista ama sua sala, seus catequizandos, tanto mais vai cativá-los no amor de Deus. Assim, os catequizandos sentirão a alegria de descobrir que são amados por Deus.
A catequese de Iniciação Cristã começa mostrando quanto amor Deus tem por nós, dando-nos Jesus na manjedoura, na cruz e no sacrário. A morte e ressurreição de Jesus são grandes provas do seu amor. O centro da catequese é mistério pascal, a morte e ressurreição de Jesus, por amor de nós. Assim toda a Escritura Sagrada é uma carta de amor. Os sacramentos são gestos, abraços e beijos do amor de Deus. Até o sofrimento, enquanto chance de conversão e crescimento, é também amor de Deus, advertência e providencia de Deus para o nosso bem. A Igreja é mãe amorosa que nos acolhe, batiza, crisma, perdoa, alimenta e reza por nós. A catequese é um ato de amor de Deus e da Igreja para nossa felicidade e salvação.
Uma catequese dada com amor e por amor e dada com alegria, suscita no coração do ouvinte a esperança de ser melhor, o desejo de mudar, a aspiração de se converter e se salvar e de ajudar os outros a descobrir este amor.
O catequista da Iniciação Cristã faz diariamente a meditação da Palavra de Deus, tem seu ritmo de silêncio, de escuta, de oração pessoal, precisa permanecer na “escola da Palavra” para interiorizar a mensagem e comunicá-la com ardor. É um contemplativo que transmite o que armazena em seu coração. A boca fala do que vem do coração. Na iniciação Cristã acontece a catequese apostólica: “Chamou-os, para estar com Ele e enviou-os a evangelizar” (Mc 3, 14-15).
O Catequista da Iniciação Cristã tem quatro pilares nos quais se afirma: 1) Oração diária, vida de oração que brota da fé. Deve ser mestre de oração. 2) Competência: é uma pessoa que estuda, faz cursos, tem o habito de leitura, procura cultivar-se. 3) É humano, isto é, tem cuidado, carinho, amor, ternura e responsabilidade pelos catequizandos. Tem um amor exigente que leva a serio sua missão. 4) Tem pedagogia e metodologia de ensino.
Fonte: Cartilha sobre a Iniciação Cristã - D. Orlando Brandes - Arquidiocese de Londrina

sexta-feira, 23 de março de 2012

O valor do tempo



O valor do tempo (Texto popular adaptado)

Havia um jovem na cidade que jamais aproveitava seu tempo. Deixava as coisas para depois, dormia boa parte de seu dia e não se importava muito, já que tinha toda a vida pela frente.

Ao ser perguntado pelo sábio se ele aproveitava a vida, o jovem disse que ainda não, mas que o faria no futuro, pois teria tempo para isso.

E o sábio disse:

Imagine que você possua uma conta bancária em que sejam depositados R$86.400,00 todos os dias. Mas suponha que você não possa adiantar o saldo do dia seguinte e nem gastar o dinheiro do dia que passou. A conta zera a cada manhã, ficando somente o saldo de R$86.400,00. O que você faria?

Eu gastaria o máximo que pudesse comprando tudo o que quisesse, respondeu o rapaz sem demora.

Pois saiba, disse o sábio, que cada pessoa neste mundo recebe, a cada dia, 86.400 segundos para vivê-los como quiser. Eles são creditados diariamente, a cada nascer do Sol, e valem até o próximo dia. Mas se você não utilizá-los para nada, serão recolhidos ao cosmos e nada os trará de volta. Enquanto conversa comigo, por exemplo, mais de 300 deles já se foram.

Para entender o valor de um ano:
Pergunte a um estudante que não passou nos exames finais.

Para entender o valor de 9 meses,
pergunta a uma mãe que acaba de
dar a luz um filho.

Para entender o valor de um mês:
Pergunte a uma mãe que teve um filho prematuro.

Para entender o valor de uma semana:
Pergunte ao editor de uma revista semanal.

Para entender o valor de uma hora:
Pergunte aos apaixonados que estão esperando o momento do encontro.

Para entender o valor de um minuto:
Pergunte a uma pessoa que perdeu o trem, ônibus ou avião.

Para entender o valor de um segundo:
Pergunte a uma pessoa que sobreviveu a um acidente.

Para entender o valor de um milissegundo:
Pergunte a uma pessoa que ganhou uma medalha de prata nas olimpíadas.

O tempo não espera por ninguém.
Valorize cada momento de sua vida.
Você irá apreciá-los ainda mais se puder dividi-los com alguém especial.
 O que você está fazendo para aproveitar o seu tempo?

quarta-feira, 21 de março de 2012

DIDAQUÉ


STORNIOLO, Ivo; BALANCIN, Euclides Martins (Org). Didaqué: o catecismo dos primeiros cristãos para as comunidades de hoje. 16ª. ed. São Paulo: Paulus, 2009. 30 p.

Didaqué significa “instrução” ou “doutrina”. Trata-se de um escrito do final do primeiro século, sendo portanto contemporâneo com importantes escritos do Novo Testamento. Traz de forma simples e objetiva instruções certamente herdadas dos apóstolos, mas dificilmente escritas por eles. Não se pode atribuir a autoria à apenas um autor e sim vários. Acredita-se que sua composição se deu em etapas, indo do final do séc. I até aproximadamente o ano 150 e o lugar mais provável de sua origem é Antioquia (Síria).
Através da leitura dos dezesseis capítulos que compõem a Didaqué podemos conhecer um pouco mais das origens do cristianismo, acompanhado um importante processo de estruturação das comunidades e nos deparar com uma liturgia simples e orientações pragmáticas, tudo na tentativa de manter a igreja firme no propósito da expansão do cristianismo.
A Didaqué possui um conteúdo sumário interessante e aparece em forma de um manual catequético sobre a disciplina eclesiástica e com instruções litúrgicas. Para uma melhor compreensão podemos dividi-la em quatro partes:

1ª parte (Cap. 1-6): nesta parte encontramos instruções sobre os dois caminhos, o caminho da vida e o da morte. Nos quatro primeiros capítulos a Didaqué nos apresenta o caminho da vida discorrendo em temas como o amor a Deus e ao próximo, a caridade e o bem aos “inimigos”, a dádiva do compartilhar, visando um bem-estar dentro das comunidades e também nos orienta quanto as raízes do mal e do bem na vida do cristão. No capítulo cinco encontramos o caminho da morte, que é oposto ao da vida. Nesta direção, o autor encerra esta primeira seção com uma exortação quanto a perseverar no caminho da vida.
2ª parte (Cap. 7-10): já neste bloco, encontramos um antigo ritual litúrgico, com instruções para administração do batismo (cap. 7), sobre o jejum e oração (cap. 8) e sobre a celebração eucarística (cap. 9). Depois de dedicar um capítulo para cada um dos momentos acima, o autor encerra esta seção trazendo no capítulo 10 uma oração modelo, orientando assim, como os cristãos deveriam agradecer a Deus pela eucaristia.
3ª parte (Cap. 11-15): deparamos-nos aqui com importantes palavras para a igreja primitiva, instruções que nos dão uma idéia da preocupação em evitar alguns possíveis problemas gerados por falsos profetas que já começavam a aparecer no meio do povo. Em geral, percebemos neste trecho disposições sobre a vida comunitária, com especial atenção para com a hospitalidade e o discernimento dos verdadeiros pregadores, o culto e a organização. Em três capítulos o autor se dedica em alertar o povo em como proceder com os pregadores, trazendo instruções objetivas e claras, na finalidade de não serem enganados pelos falsos profetas e nem abusados quanto à hospitalidade. O culto é o tema do capítulo quatorze e o capítulo quinze encerra a seção tratando de uma organização eclesiástica, que apesar de simples, já se fazia necessária.
4ª parte (Cap. 16): neste capítulo encontramos uma exortação sobre a perseverança no caminho da vida. Na perspectiva da parusia, o autor discorre neste último capítulo apresentando uma dura realidade presente nos últimos dias, mas acima de tudo, os alertando sobre nunca perderem a esperança no Senhor.
Sem dúvida é uma leitura fascinante em que nos proporciona um passeio por nossas origens. É imensamente compensador dedicar alguns minutos nestas poucas páginas que nos trazem grandes contribuições no que diz respeito à nossa história, a história da Igreja de Cristo.

Por: FELIPE BAGLI SIQUEIRA
Trabalho apresentado ao Prof. Dr. José Carlos de Souza, com vistas à aprovação em disciplina. — 1º. Ano, Período Matutino, do Curso de Bacharel em Teologia da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista — UniversidadeMetodista de São Paulo. São Bernardo do Campo — setembro de 2010

segunda-feira, 19 de março de 2012

Celebração em Santana

Muito bela a Celebração da Palavra feita pelo professor Aderson na Capela de Santana, em Casa Forte.
Acontece todos os domingos às 17h.
Participe você também!

sábado, 17 de março de 2012

Documento 97 da CNBB



Apresentação: Qual sua origem? O que é?:
A Iniciação à Vida Cristã atende a um pedido da 46ª Assembléia Geral dos Bispos do Brasil ocorrida em 2008. É também um desdobramento do Diretório Nacional da Catequese, aprovado em 2005.
Deve ser entendida como um desafio a ser encarado com DECISÃO, CORAGEM e CRIATIVIDADE, já que geralmente tem sido pobre e fragmentada. Faz-se necessário que as pessoas sejam educadas na fé, tendo um maior contato com Jesus Cristo, seguindo-o. Caso contrário, não se concretiza a missão evangelizadora.
A Iniciação nao é apenas um anúncio de textos ou normas. A proposta é ajudar a pessoa a ter um ENCONTRO VIVO COM O RESSUSCITADO.
Como poderemos ajudar as pessoas à experimentarem deste encontro?
Estamos prontos para usar nossa criatividade e coragem propondo isso às pessoas?

sexta-feira, 16 de março de 2012

O Monge e a Formiguinha


Autor: Publico 


Um monge vivia num mosteiro bem afastado da cidade. Ele vivia rezando e trabalhando , trabalhando e rezando. Tudo o que o monge mais desejava na vida era a sua santificação.


Depois de muito sofrer, rezar e trabalhar, ele não sentia nada de diferente em sua vida.Não se sentia santo, pelo contrário, até entrou em crise: Então, ele deixou de rezar, trabalhava com preguiça e vivia resmungando pelos corredores.E, triste, não pensava mais em ser santo. Inclusive, se preparava para deixar o mosteiro.


Um dia, o monge estava pensativo, quando de repente, viu uma formiguinha carregando uma folha muito maior do que ela. O peso da folha fazia com que a formiguinha caísse para um lado e para o outro. Mas, apesar dos tombos que levava, ela não desistia de carregar a folha. Pois sabia que aquela folha salvaria sua vida. Então, ela recomeçava... entrava debaixo da folha, prendia a folha com suas tesouras e continuava carregando a folha.


O monge ficou ali muito tempo, apreciando o comportamento da formiguinha, até ela chegar ao formigueiro carregando a grande folha. 


De repente, percebeu que já estava escuro. Então, percebendo a força e determinação da formiguinha, o monge começou a pensar na vida dele e nos sentimentos que ultimamente invadiam seu coração. 


Então, olhando a formiguinha carregando a sua salvação, tomou uma decisão e disse para si mesmo: "Serei como essa formiguinha. Carregarei a minha fé com todas as minhas forças. Ainda que as tentações me derrubem, jamais desistirei de me tornar santo. Continuarei no mosteiro e serei um monge santo, bom, com muitas virtudes.


Amarei os meus e a todos que cruzarem o meu caminho. Em tudo, amar e servir!"Assim, rezando feliz, o monge voltou a fazer suas atividades normalmente, porém, fortalecido pelo infinito amor de Deus. 


LIÇÃO DE VIDA: Nada na vida é fácil. Tudo exige certo sacrifício. Até mesmo para aprendermos a dar valor. Por isso, mesmo que tudo esteja dando errado na sua vida, não desista. Ao contrário, recomece!!! 

quinta-feira, 15 de março de 2012

O Rio e o Mar




Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no mar ele treme de medo.


Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas,


o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados,


e vê à sua frente um mar tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.Mas não há outra maneira.


O rio não pode voltar.


Ninguém pode voltar.


Voltar é impossível na existência.


Você pode apenas ir em frente.


O rio precisa se arriscar e entrar no mar.


E somente quando ele entra no mar é que o medo desaparece.


Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no mar, mas tornar-se mar.


Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.


Assim somos nós. Só podemos ir em frente e arriscar.


Coragem !! Avance firme e torne-se Mar!!!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Estudos sobre os Evangelhos


Paz em Cristo!
 
GOSTARIA DE DIVULGAR COM VOCÊS (E SOLICITO DIVULGAÇÃO)
PROGRAMA NA RÁDIO OLINDA (TODAS AS QUARTAS, DAS 18 ÀS 19h)
ESTUDO SOBRE OS EVANGELHOS
 
Hoje, na Rádio Olinda (www.radioolindaam.com.br), dentro do Programa do Prof. Aderson, que vai ao ar das 18 às 19h, estréia a minha participação (ao lado do Prof. Artur Peregrino, da UNICAP), sobre os Evangelhos.
Num primeiro momento, trataremos - em 4 programas (todos nas quartas-feiras) - do Evangelho segundo Mateus.
Solicito divulgar.
A gravação foi feita no estúdio de Rádio da UNICAP, e terá a participação ao vivo para perguntas dos ouvintes.
Atenciosamente,
Prof. João Luiz Correia Júnior (da UNICAP).

domingo, 11 de março de 2012

Sete Chaves Para Ler a Bíblia



As Sete Chaves para ler, conhecer e viver a Palavra de Deus.
O primeiro passo para conhecer a Bíblia é ler a própria Bíblia.
Você tem Sete Chaves que abrem o seu coração para ler a Bíblia de forma libertadora, agradável e correta. Estas chaves são fáceis de se encontrar, pois elas estão simbolizadas em seu próprio corpo.
Com as "Sete Chaves" você encontra a Palavra de Deus que está na Bíblia e na vida e entenderá melhor o sentido escondido atrás das palavras.


1.                   Pés: Bem plantados na realidade.
Para ler bem a Bíblia é preciso ler bem a vida, conhecer a realidade pessoal, familiar e comunitária do país e do mundo. É preciso conhecer também a realidade na qual viveu o Povo da Bíblia. A Bíblia não caiu do céu prontinha. Ela nasceu das lutas, das alegrias, da esperança e da fé de um povo (Ex 3,7).


2.                   Olhos: Bem abertos.
Um olho deve estar sobre o texto da Bíblia e o outro sobre o texto da vida. O que fala o texto da Bíblia? O que fala o texto da vida? A Palavra de Deus está na Bíblia e está na vida. Precisamos ter olhos para enxergá-la.


3.                   Ouvidos: Atentos, em alerta.
Um ouvido deve escutar o chamado de Deus e o outro escutar o seu irmão.

4.                   Coração: Livre para amar.
Ler a Bíblia com sentimento, com a emoção que o texto provoca. Só quem ama a Deus e ao próximo pode entender o que Deus fala na Bíblia e na vida. Coração pronto para viver em conversão.


5.                   Boca: Para anunciar e denunciar.
Aquilo que os olhos viram, os ouvidos ouviram e o coração sentiu a palavra de Deus e a vida.


6.                   Cabeça: Para pensar.
Usar a inteligência para meditar, estudar e buscar respostas para nossas dúvidas. Ler a Bíblia e ler também outros livros que nos expliquem a Bíblia.


7.                   Joelhos: Dobrados em oração.
Só com muita fé e oração dá para entender a Bíblia e a vida. Pedir o dom da sabedoria ao Espírito Santo para entender a Bíblia.
Autor: Jaime Francisco de Moura

sábado, 10 de março de 2012

Para quê? Com quem? Como ler a Bíblia?

Este livrinho foi escrito para quem ainda não tem familiaridade com a Bíblia e deseja encontrar uma ajuda rápida para dar os primeiros passos com os textos sagrados. Aqui você encontrará noções básicas, elementos para começar a compreender a formação dos livros da Bíblia; poderá visitar rapidamente a história do povo de Deus; terá indicações práticas sobre como abreviar os livros e citar os textos bíblicos. São apenas os primeiros passos, uma ferramenta para o início de uma caminhada. Os demais passos você dará com outros meios, outros subsídios, mais específicos e aprofundandos. É importante que você faça isso também em comunidade. Sempre com a ajuda de outros, mas que os passos sejam dados com seus próprios pés.


Lendo a Bíblia com a vida e
a vida com a Bíblia



A mulher abriu a Bíblia numa página qualquer e, sem olhar apontou com o dedo um versículo na página, um versículo que, segundo ela, seria a palavra de Deus para seu dia que estava começando: "Judas, saindo dali, foi se enfor­car". Bem, se essa o servia, era o caso de encontrar outra frase. Fecha a Bíblia, abre novamente e o dedo aponta: "Vai tu, e faze o mesmo".
A historinha serve para ilustrar, com humor, o perigo­so hábito,ainda hoje presente, entre os fis, de ler a Bíblia como se ela fosse um livro de receitas, fórmulas mágicas, encantamentos ou coisas do tipo. É o caso, portanto, de rea­firmar o que é a Bíblia, que tipo de leitura podemos fazer dela, a fim de que ela não seja apenas isso: um baú de frases que abrimos para buscar respostas fáceis e imediatas para nossos problemas, muitas vezes problemas por demais pe­quenos.

A Bíblia é a história de um Deus que se revela falando e agindo com um povo 

Desde há muito tempo a Bíblia deixou de ser conside­rada como um baú de doutrinas ou verdades simplesmente ditadas por Deus aos seres humanos, como se a revelação divina fosse um meteoro caído do céu. Na Bíblia Deus aprece sobretudo como aquele que age, na aliança que faz com o povo para a conquista da terra e da liberdade e, em seu filho Jesus, no modo como se revela próximo e compassivo para com todos em vista da libertação, que é uma conquista humana, já agora, mas que é plenificada por Deus no mun­do futuro. Em toda a Bíblia, Deus fala e age, ou melhor, Deus fala agindo e age falando, porque sua palavra não é apenas um som, mas uma ação concreta (o termo hebraico dabar significa tanto "palavra" quanto "acontecimento"). Basta lembrarmos que, na primeira página do Antigo Testa­mento, Deus tudo cria pelo poder de sua palavra.
Deus se revela agindo e caminha com um povo que também age, fazendo história. Ler a Bíblia, por isso, é levar em conta essa história de Deus com um povo, ler a história do Filho de Deus encarnado entre nós, e nas suas palavras e ações abrir-se à revelação de Deus, ou seja, compreender como Deus se revelou e o que ele revelou para o povo da Bíblia, e como Deus se revela e o que ele revela a nós hoje.
Ler a Bíblia sem considerar essa história, ler um texto sem se preocupar em compreender o seu contexto, ou seja, por que o texto foi escrito, com que finalidade, é cair em leituras do tipo intimista, em que a pessoa tem em mente apenas a sua vida particular e procura na Bíblia uma res­posta ou uma luz para sua situação individual. A Bíblia nunca dará respostas para pessoas isoladas, porque é fruto de uma caminhada comunitária.
Desconsiderar a história e a caminhada do povo da Bíblia é cair também numa leitura fundamentalista, ao pé da letra, ignorando toda a ajuda que as ciências humanas, a lingüística ou mesmo a arqueologia estão sendo para a com­preensão da Bíblia.
O modo de ler a Bíblia que no Brasil as Comunidades Eclesiais de Base fizeram desabrochar é a leitura popular, um método que tem em Carlos Mestre um dos grandes incentivadores. Para quem está interessado numa leitura popular da Bíblia, o que importa não é tanto entender a Bíblia, mas entender a vida encontrando na Bíblia a luz necessária. Assim como a Bíblia é sobretudo fruto, não casa, da história do povo com seu Deus, seria totalmente des­propositado ler o texto bíblico sem levar a ele nossa vida, nossa história.

Para quê, com quem e como ler a Bíblia?

De tudo isso, enfim, podemos levantar três perguntas fundamentais para a leitura da Bíblia: Para que ler a Bí­blia? Com quem ler? Como ler?
Lemos a Bíblia para que ela ilumine nossa vida: essa é a finalidade principal.
Lemos a Bíblia sempre levando em conta a dimensão comunitária, mesmo quando a lemos individualmente; le­vando em conta a história do povo pobre e oprimido em busca de liberdade e terra do tempo da Bíblia, e levando em conta a história do povo pobre e sofrido de hoje. Se eu quero que a Bíblia ilumine a minha vida, preciso deixar que Ele ilumine, antes de tudo, a nossa vida, a vida de todo o povo. Porque se trata de um empenho comunitário, que pressupõe o empenho pessoal.
Lemos a Bíblia abertos aos estudos bíblicos que os es­pecialistas vão fazendo, pois estes estudos visam a tornar sempre menores as barreiras que naturalmente existem quado se lê um texto escrito há mais de dois mil anos, em outro ambiente, em outra cultura, em outra língua, com gêneros literários geralmente diferentes dos nossos...
Essa ajuda é o que chamamos de mediação hermnêutica, que procura ajudar a compreensão do texto, sem ter a pretensão de esgotar seu significado, porque a Bíblia é fonte inesgotável de mensagem e de luz para a nossa vida, que nenhuma ciência será capaz de abranger, já que na lei­tura individual e comunitária, que se faz com os olhos da fé, é o próprio Espírito Santo que age e nos possibilita ir pene­trando no mistério que é o projeto de Deus, revelado plena­mente no filho Jesus. Um mistério/projeto já revelado, mas que só podemos compreender à medida que nos comprome­temos e o experimentamos na própria vida. É aquilo: uma coisa é saber o caminho, mas percorrê-lo é outra coisa; so­mente quando o percorremos é que o conhecemos realmen­te...

Fonte: Paulo Bagalia – Primeiros Passos com a Bíblia